sábado, 29 de maio de 2010

O cinema e a arte

Há pouco, li a notícia de que o ator intérprete de Peter Parker na saga Spider-Man será substituído, pois Marc Webb (atual diretor, substituto de Sam Raimi) procura ator jovem para reiniciar a estória. Após a leitura da notícia, percebi o quão comum é, na atualidade, o refazimento de produções cinematográficas. Com efeito, o filme “Hulk” (2003) de Ang Lee foi rechaçado por “The Incredible Hulk” (2008) de Louis Leterrier. Além disso, há a tendência ao refazimento de clássicos do terror como, a título de ilustração, “A Nightmare on Elm Street”. Inclusive, Wes Craven, o criador da sádica e monstruosa figura de Freddy Krueger discordou da refilmagem de sua obra. Todavia, gostaria de ressaltar o quanto os acontecimentos mencionados estão distantes do bom e velho cinema-arte. Não sei precisar o que seja arte, ou onde ela se encontra em sua forma mais pura, mas sei das más impressões que se levantam ao deparar com o atual cenário das produções cinematográficas. Ora, pertence à arte e, conseqüentemente, ao cinema, uma particular capacidade de comunicação, a qual amplia nosso contato com nós mesmos. Entretanto, os filmes hoje lançados se distanciam das peculiaridades da arte ao apresentarem elementaridades insossas, inconsistentes etc.

terça-feira, 25 de maio de 2010

(im)Potência

Falamos daquilo que não se pode falar, porque não se pode dimensionar. Em busca pelo todo, por aquilo que une tudo o que há, pedimos e exigimos demais de nós mesmos. Ora, não há capacidade para se assemelhar ao todo (eis o limite intransponível!). Perante o todo somos efêmeros perguntadores de eternas perguntas sem respostas (há indícios, mas nada é suficientemente seguro). Enfim, resta-nos o inconsistente, pois simplesmente não conseguimos.